segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Ourives


Ourives
 
Uma lágrima escorre
Lentamente caí em uma poça
Um espelho antigo
Que agora apenas vê uma imagem quebrada
Uma mera sombra do antigo brilho
Do antigo retumbar dos tambores
Que agora não passam de um sussurro
Em meio ao furação
A chuva cortante
Sombras que se espalham pelo mundo
Neblina que enche meu corpo
E de meus olhos vazam tudo aquilo que nego ao mundo
A dor
Uma dor lacerante
Que leva os fortes à dor do abismo
Onde um chicote ecoa
Torturando àqueles que um dia sonharam com a vida perdida
Agora possuem a morte eterna encontrada
Nos acoites e nas imagens de sua própria vida
Em todos os momentos em que fracassei
Em todas os instantes em que hesitei
E as lágrimas continuam a cair sobre essa imagem
Sem que eu saiba o que significam
Turvam a imagem
E trazem os sonhos realizados
O mundos onde as sombras nem mesmo existem
Pois o brilho dos astros é tão grande que nada resiste a esse brilho divino
Onde o vento carrega mais que as folhas do outono
Mas também corações realizados e perfeitos
Arfantes pela imensidão dos céus
E encontrando o amor que lhes foi negado
Onde cada pulsar os leva aos campos silvestres do amor sem limite
Onde os medos não existem
Onde o mero sorriso revela as rosas escondidas
E novas jóias se formam
Pelas mãos do melhor ourives
Eu mesmo, o ourives do amor


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Pallas

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