quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O canto da Deusa

Na sombra
Na luz
No quente
No frio
Habita minha essência
Ouve o meu chamado?
Minha voz ecoa nas noites cálidas
No trovejar das tempestades
No tilintar dos sinos
Nas brumas da noite
No açoite dos furacões
No acariciar da brisa
Durante o dia o doce calor
Que aquece tua face
São meus dons
Presentes aos meus filhos
Durante a noite
O luar...
O brilho prateado revela uma de minhas muitas faces
Quem és tu meu filho?
Dou-lhe a vida
Dou-lhe tua casa
Podes ouvir minha voz?
A cada dia se afasta mais de mim
Estou ao teu lado
Abraço-te em teus devaneios
Mas não posso trilhar teu caminho
Não se pode lutar contra o Destino
Sou teu Destino
Tua estrada
Tua direção
Mas, não sou eu os obstáculos
Você ergue muralhas que te impedem de chegar a mim
Não podes fugir do que és
Em teus passos vazios
Em tua mente solitária
A quem pedes ajuda?
Quem pode socorrê-lo?
Talvez chegaste a hora de voltares a meu ventre
Sob meu ventre
Pontilhado pelas jóias eternas
Jaz tu
Caminhas sobre tuas irmãs
A relva esmeralda
Com o fulgor de meus olhos
Venha a mim...
Ouça-me...
Ouça minha voz....

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