sábado, 4 de junho de 2011

Deserto

 
Uma vastidão se estende
Uma extensa ondulação de dunas
No horizonte distingui-se uma parda luz
Um rubro céu
O céu de meu coração
Banhado por meu sangue
Irrigado pelo extenso bater
Pelo pulsar hesitante
Por uma onde de magnitude colossal
Trazendo à tona sensações perdidas
Trazendo um eterno vazio
Alimentada pela caminhada pelo infinito deserto da alma.
Neste deserto
A cada passo
A cada respiração
Forma-se uma miragem
Apenas uma miragem.
Porque sempre que me aproximo ela se desfaz
Esvai-se
Perde-se
E o medo me toma
O medo da tempestade formada no horizonte
Tempestade que transforma o ambiente
Forma novas dunas
Em um ambiente já assustador
Como lidar com o deserto?
Como lidar com a areia que se espalha cada vez mais pela alma?
Penetrando na essência da alma
Formada pelas muralhas que desabam
Formadas da sedimentação das paredes de meu antigo ser
Como encarar o deserto?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é muito importante para mim, por favor deixe a sua opinião aqui.
Eu peço apenas que não utilizem palavras de baixo calão ou xingamentos, não modero os comentários, porém caso sejam apenas de ofensas serão excluídos, críticas serão sempre bem vindas.
Desde já muito obrigado,
Pallas

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Deixe seu comentário pelo Facebook